Alvo recente de criminosos, Bar Brahma gasta R$ 50 mil por mês com segurança

Há 75 anos no mesmo lugar, Álvaro Aoas vê o espaço como símbolo de resistência da cultura paulistana.

Publicado em 06 de dezembro de 2023 às 12h14m

Por Gazeta PE News


Álvaro Aoas, proprietário do Bar Brahma, local depredado após tentativa de assalto a clientes afirmou que investe R$ 50 mil por mês em segurança. O estabelecimento, situado no famoso cruzamento das Avenidas Ipiranga e São João, no centro da capital paulista, foi alvo de criminosos no último domingo (3).

Numa tentativa de reverter o clima de insegurança na região, o empresário pediu ajuda da população: “a gente convoca a ocupação dos lugares no centro de São Paulo”. “O bar Brahma ta aqui há 75 anos, é um espaço de resistência em São Paulo através da cultura, música e entretenimento”, acrescenta o proprietário.

Álvaro afirma que o centro de São Paulo passa por um movimento de degradação, mas que “percebe uma situação única onde a prefeitura e o estado se juntaram para fazer um trabalho de transformação, que vai ser de médio a longo prazo”.

Para agora, o dono do Bar Brahma afirma que é necessário tirar o centro de São Paulo da “UTI” e que isso só será possível se a população ocupar os bares, restaurantes e espaços culturais, “um protesto do bem”.

“A questão da insegurança da rua é que existem uns bandos que se aproveitam da situação da Cracolândia e vão ocupando o espaço, mas o ataque não é da Cracolândia, é de assaltantes de celulares”, afirma Álvaro.

“Quantos os agentes de bem desocupam, eles (criminosos) tomam conta. É aquele ditado: quando os gatos saem, os ratos fazem a festa”, complementa. Depois do ataque, Álvaro clama por ajuda dos cidadães: “Temos que chamar a população para vir frequentar, esse é o socorro que a gente precisa”.

“Qualquer grande cidade do mundo, o primeiro lugar que você quer conhecer é o centro. Aqui, a gente tem medo e vergonha”, afirma dono do Bar Brahma. Álvaro ainda disse que a depredação vai abalar o movimento do bar, mas vê o lugar como um símbolo de resistência e acredita que vai se recuperar.

 

Fonte: CNN

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