Álvaro Aoas, proprietário do Bar Brahma, local depredado após tentativa de assalto a clientes afirmou que investe R$ 50 mil por mês em segurança. O estabelecimento, situado no famoso cruzamento das Avenidas Ipiranga e São João, no centro da capital paulista, foi alvo de criminosos no último domingo (3).
Numa tentativa de reverter o clima de insegurança na região, o empresário pediu ajuda da população: “a gente convoca a ocupação dos lugares no centro de São Paulo”. “O bar Brahma ta aqui há 75 anos, é um espaço de resistência em São Paulo através da cultura, música e entretenimento”, acrescenta o proprietário.
Álvaro afirma que o centro de São Paulo passa por um movimento de degradação, mas que “percebe uma situação única onde a prefeitura e o estado se juntaram para fazer um trabalho de transformação, que vai ser de médio a longo prazo”.
Para agora, o dono do Bar Brahma afirma que é necessário tirar o centro de São Paulo da “UTI” e que isso só será possível se a população ocupar os bares, restaurantes e espaços culturais, “um protesto do bem”.
“A questão da insegurança da rua é que existem uns bandos que se aproveitam da situação da Cracolândia e vão ocupando o espaço, mas o ataque não é da Cracolândia, é de assaltantes de celulares”, afirma Álvaro.
“Quantos os agentes de bem desocupam, eles (criminosos) tomam conta. É aquele ditado: quando os gatos saem, os ratos fazem a festa”, complementa. Depois do ataque, Álvaro clama por ajuda dos cidadães: “Temos que chamar a população para vir frequentar, esse é o socorro que a gente precisa”.
“Qualquer grande cidade do mundo, o primeiro lugar que você quer conhecer é o centro. Aqui, a gente tem medo e vergonha”, afirma dono do Bar Brahma. Álvaro ainda disse que a depredação vai abalar o movimento do bar, mas vê o lugar como um símbolo de resistência e acredita que vai se recuperar.