Ao menos três pessoas morreram, sendo elas dois jornalistas e um policial, durante o ataque armado da gangue "Viv ansanm" durante a reabertura do Hospital Universitário Estadual do Haiti (HUEH), nesta terça-feira, 24. As informações são do Conselho Presidencial de Transição (CPT) e da Associação Haitiana de Jornalistas.
Os dois repórteres mortos foram identificados como Markenzy Nathoux e Jimmy Jean. A quantidade de vítimas ainda não foi confirmada, mas periódicos locais apontam, em balanço preliminar e não oficial, para outros sete jornalistas, além de mais dois policiais entre os feridos.
O ocorrido foi classificado como "uma cena macabra comparável a terrorismo" pela Associação Haitiana de Jornalistas. Os participantes da "Viv ansanm", que já reivindicou a autoria do atentado, iniciaram os disparos durante o evento de reabertura do hospital, fechado desde 29 de fevereiro após ter sido atacado por membros da mesma gangue.
Em vídeo publicado nas redes sociais, eles afirmam que não haviam autorizado a reabertura do hospital. O governo local retomou o controle da unidade em julho. Na última semana, membros da "Viv ansanm" também incendiaram o Hospital Bernard Mevs. Não houve vítimas.
Ambos os centros médicos ficam localizados na capital do país, Porto Príncipe, que é considerada uma área de alto risco; gangues de rua dominam cerca de 85% da região e já atacaram o principal aeroporto internacional e as duas maiores prisões do Haiti, também na capital.
O governo do Haiti publicou uma declaração afirmando que está "respondendo firmemente ao ataque" desta terça e que o "ato hediondo, que teve como alvo uma instituição dedicada à saúde e à vida, constitui um ataque inaceitável aos próprios fundamentos da nossa sociedade".