No dia 19 de agosto do ano passado, uma chuva de meteoritos ocorreu em Santa Filomena, no Sertão de Pernambuco. O fenômeno chamou atenção de cientistas e colecionadores, e causou uma verdadeira caçada pelos fragmentos. Um deles pesava quase 40 quilos e é considerado, pelos especialistas, o maior meteorito do tipo rochoso encontrado inteiro no Brasil.
Exatamente um ano depois do ocorrido, a população da cidade pernambucana aguarda investimentos na cidade, como a implantação de um Museu e um Centro de Monitoramento. Até agora não melhorou não, mas tinha planos de melhorar, de trazer um museu, eu ouvi falar nessa história e também trazer professores e pessoas que estudaram sobre isso para poder aprender direito a fundo, sobre os meteoritos, tudo isso que caiu aqui.
Até agora não saiu do papel, não", disse o monitor de Educação Física, Mateus de Souza. "Surgiu uma expectativa muito grande e acredito em cada morador e em cada fiel desta cidade. O esperado era que as coisas tivessem evoluído mais. Atraído mais cultura , mais investimento. A nossa cidade poderia ter um crescimento maior e isso a gente não viu", destacou a agente comunitária, Luzia de Souza.
O jovem Edimar da Costa foi um dos primeiros a localizar as pedras que caíram dentro na cidade. Ele vendeu o fragmento para um colecionador americano e investiu na própria educação.
"Eu aproveitei a oportunidade que eu tive, oportunidade rara de encontrar o meteorito, comercializei ele para os pesquisadores que estavam aqui em busca dele e decidi investir ele na minha educação. Eu jjá tinha curiosidade em Educação. Já tinha o pensamento em participar e decidi dar início. Esse dinheiro eu aproveitei ele pra dar um pontapé inicial na minha educação".
A chuva de meteoritos foi tão marcante que Edimar eternizou o fragmento na pele. "A gente espera que melhore, trocou de governo, de gestão e a gente está na expectativa que nos próximos anos pode sim ser apresentado novos projetos que beneficie a gente que gosta da astronomia e também o pessoal curioso, que está em busca dessa informação".
A Elisabeth Zucolotto liderou um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, conhecido como "as meteoríticas", que estavam no primeiro grupo que chegou na cidade. "Teve material suficiente para ser cortado e estudado no microscópio óptico e microscópio electrônico, micro sonda, pixeis e outras medidas magnéticas e tudo que foi possível fazer durante a pandemia.
Nós escrevemos um artigo bem completo que foi submetido a uma revista estrangeira, foi aceito e está dependendo de algumas mudanças para ser publicado em breve. Ele é mais uma peça, no quebra-cabeça, não completa, que ajuda a compreender a formação do universo, do sistema solar. De tabelinha, do universo".