Comandante do Exército ameaçou Bolsonaro de prisão por tentativa de golpe, diz Mauro Cid

Segundo o ex ajudante de ordem, Jair Bolsonaro consultou chefes das Forças Armadas sobre se apoiariam prisão de adversários e convocação de novas eleições.

Publicado em 22 de setembro de 2023 às 12h17m

Por Gazeta PE News


Na reunião em que propôs aos chefes das Forças Armadas um golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi ameaçado de prisão pelo então comandante do Exército, general Freire Gomes.

As informações são do Valor Econômico, que teve acesso à delação premiada que o ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, firmou com a Polícia Federal. O teor do depoimento já foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

REUNIÃO DE BOLSONARO COM FORÇAS ARMADAS

Segundo Mauro Cid, a reunião aconteceu em 24 de novembro de 2022, portanto, após Bolsonaro perder o segundo turno das eleições para o atual presidente, Lula (PT).

 

O que Bolsonaro pretendia?

Conforme divulgado na quinta-feira (21) pelo UOL, a proposta levada por Bolsonaro aos chefes das Forças Armadas envolvia prender adversários políticos e convocar novas eleições. Na delação premiada, Mauro Cid diz que presenciou a reunião e que somente o então comandante da Marinha, Almir Garnier, apoiou a ideia.

 

AMEAÇA DE PRISÃO CONTRA BOLSONARO

Agora, o Valor Econômico traz novos detalhes da delação. Segundo a reportagem, Cid disse à PF que o comandante do Exército na ocasião, Freire Gomes, disse que não apoiaria golpe de Estado e que: "Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo”. O chefe da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Batista, ficou em silêncio. A delação premiada de Mauro Cid já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

 

Fonte: FOLHA PE

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