A corredora britânica Rose Harvey completou a maratona feminina na Olimpíada de Paris 2024 apesar de ter quebrado a perna, disse ela nas redes sociais. Em uma postagem no Instagram, que mostra Harvey de muletas na estação de trem St. Pancras International em Londres, a jovem de 31 anos explicou que algumas semanas antes da corrida de 11 de agosto, ela sentiu um pouco de “aperto no quadril”.
“Minha equipe incrível e eu nos esforçamos muito para deixar a linha de largada em forma e saudável e estávamos todos otimistas de que com um pouco de adrenalina no dia da corrida, eu seria capaz de correr a corrida que sabia que tinha em mim”, escreveu Harvey. No entanto, depois de alguns quilômetros, Harvey “rapidamente percebeu que isso não iria acontecer”. Ela descreve os 24 quilômetros seguintes como uma “batalha dolorosa”.
A corredora britânica acabou terminando a corrida em 78º lugar geral com um tempo de 2:51:03, pouco mais de 28 minutos atrás do medalhista de ouro Sifan Hassan. E de acordo com a corredora, exames após a corrida revelaram que Harvey sofreu uma fratura por estresse no fêmur. “Em qualquer outra corrida, eu teria parado e houve tantos momentos em que pensei que não conseguiria dar mais um passo. As descidas foram um inferno”, disse Harvey.
“Mas, apesar de a maioria dos meus objetivos de corrida terem escapado, ainda havia uma pequena parte do meu sonho olímpico que eu poderia manter, e isso era terminar a maratona olímpica. Eu não podia desistir. Eu ficava dizendo a mim mesma para sorrir, absorver a energia das multidões e apenas colocar um pé na frente do outro. Foi de partir o coração.”
Harvey só começou a correr seriamente durante a pandemia da Covid-19, depois de ser despedida de seu emprego como advogada corporativa na indústria musical. Ela foi vista correndo no Battersea Park em Londres em 2020 pelo treinador Phil Kissi e rapidamente viu seu desempenho melhorar.
Ela foi selecionada para correr pela equipe da Grã-Bretanha na Olimpíada de Paris após completar a Maratona de Chicago de 2023 em um tempo de 2:23:21, apenas 26 segundos atrás do recorde olímpico de Sifan Hassan em Paris.
Apesar de ter sua experiência na França afetada pela lesão, participar da Olimpíada é o que Harvey diz que levará da capital francesa. “Fazer parte das Olimpíadas é algo que nunca esquecerei e poder compartilhar a corrida com tantos dos meus amigos e familiares incríveis significou o mundo para mim”, escreveu ela.
“Não posso agradecer o suficiente à minha equipe por me trazer até aqui, me tornar uma atleta olímpica. Foi uma jornada louca e sou grata por tudo isso. Este é apenas mais um capítulo da história.”
