Depoimento de Freire Gomes preocupa bolsonarismo, que volta a criticar vazamentos

Demora na oitiva do ex-comandante à PF gera apreensão entre aliados do ex-presidente.

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Por Gazeta PE News


O depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antonio Freire Gomes provocou reação no bolsonarismo. Mais cedo o general depôs à Polícia Federal por quase oito horas na sexta-feira (1) e teria confirmado a ocorrência de reuniões para a elaboração da chamada “minuta do golpe”.

Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro (PL), se queixou de vazamentos seletivos e voltou a reclamar da falta de acesso da defesa do ex-presidente aos autos.Wajngarten também comentou o assunto nas redes sociais e criticou o que chamou de “constrangimento via imprensa”.

De acordo com o relatório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que ordenou a deflagração da Operação Tempus Veritatis em 8 de fevereiro, aliados de Bolsonaro tentaram convencer o general Freire Gomes a colocar as tropas do Exército na rua e aderir a um possível golpe de Estado.

Em uma conversa interceptada pela PF no celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Freire Gomes conversa com o então auxiliar de Bolsonaro sobre uma minuta golpista que teria sido redigida e ajustada pelo ex-presidente.

“Vazamentos seletivos, fontes seletivas em pleno sábado de sol. A defesa técnica e formalmente constituída nos autos totalmente no escuro”, escreveu o ex-chefe da Secom, reforçando a tese de que a defesa de Bolsonaro não teve até agora acesso integral aos autos.

Mencionado em diálogos da Operação Tempus Veritatis, o general da reserva prestou depoimento por quase oito horas à PF na sexta-feira (1º), aceitando falar na condição de testemunha. Nessa circunstância, o militar se comprometeu a falar a verdade. Caso tivesse sido ouvido na condição de investigado, ele ficaria protegido pela prerrogativa de não produzir provas contra si próprio.

 

Fonte: CNN

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