Desde 21 de setembro, os visitantes que chegam em Roma podem conferir de perto a Domus Tiberiana, o primeiro palácio imperial romano, que foi reaberto ao público após cerca de 50 anos fechado. Situado na encosta do Monte Palatino com vistas para o Fórum Romano, o local estava inacessível desde a década de 1970 devido a problemas estruturais. Em tempos recentes, passou por renovações e por um processo de musealização para retornar à cena cultural da cidade.
Construído no século 1 d.C, o palácio abrange bairros residenciais, áreas ajardinadas, locais de culto, salas de proteção ao imperador e um bairro de serviços voltado ao Fórum Romano. Com a reabertura, os visitantes podem andar pelos antigos caminhos usados pelo imperador e pela corte, bem como checar uma mostra com centenas de artefatos que foram encontrados durante escavações recentes, como estátuas, decorações, moedas e objetos em metal e vidro.
“A reabertura da Domus Tiberiana é mais um passo importante para a plena fruição da área arqueológica central de Roma, a maior do mundo em um contexto urbano extraordinário”, escreveu nas redes sociais Alfonsina Russo, arqueóloga e diretora do Parco archeologico del Colosseo, zona arqueológica que abrange o Coliseu, o Fórum, a Domus Tiberiana e áreas adjacentes.
Considerado o primeiro verdadeiro palácio imperial, o local sofreu ampliações e remodelações ao longo do tempo, de acordo com a diretora do Parco archeologico del Colosseo. As mais importantes foram nos tempos dos imperadores Domiciano (81-96 d.C.) e Adriano (117-138 d.C.), até atingir uma extensão de quatro hectares.
No século 7 d.C foi escolhido como sede papal por João VII, até ficar abandonado por séculos. Em meados do século 16, a família Farnese construiu o Horti Farnesiani nos terraços da Domus Tiberiana, sendo um dos primeiros jardins privados da Europa e destinado a abrigar uma nova corte. Para percorrer o local é necessário desembolsar 16 € (cerca de R$ 85), em que o tíquete dá direito de adentrar o Coliseu, o Fórum Romano e o Monte Palatino.