Neste domingo (23), será realizada a 52ª edição da Missa do Vaqueiro de Serrita, no Sertão de Pernambuco. Uma celebração que eterniza a história do vaqueiro Raimundo Jacó, assassinado em 1954.
O tradicional evento, criado por Luiz Gonzaga e o padre João Câncio, este ano ganhou uma polêmica, por causa da construção da estátua de um cachorro ao lado da estátua de Raimundo Jacó. O cachorro Trigueiro era o fiel escudeiro de Raimundo Jacó.
O problema, é que a imagem do cachorro foi inserida recentemente, durante uma revitalização do monumento. Mas, o artista plástico Jota Mildes, autor da estátua original, diz não ter sido consultado e que os direitos autorais dele não foram respeitados.
“Não há autorização minha, de maneira nenhuma. Nós, artistas, temos a cobertura da lei dos direitos autorais que não permite que nada seja feito que venha a intervir no trabalho do autor, sem que seja do conhecimento dele”, afirma Jota Mildes.
A lei de direitos autorais, número 9.610, de 1998, prevê “que pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou assim como o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra.
O autor também pode repudiar as alterações feitas sem o seu consentimento”. São esses os direitos que Jota Mildes espera que sejam respeitados.
“O artista, conforme é reconhecido pela própria lei, ele coloca um pouco da sua alma, do seu ser, naquela obra que ele está fazendo”,.