A Max Milhas, empresa do grupo da 123milhas, entrou hoje com pedido de recuperação judicial com requerimento de tutela de urgência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Se for aceito, o pedido pode suspender a execução de dívidas.
A medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros, fornecedores e clientes e organizar, com máxima transparência, os débitos em um só juízo, informou a empresa em comunicado.
A 123milhas também pediu para entrar em recuperação judicial, o que foi aceito pela Justiça no fim de agosto, mas o processo foi suspenso nesta semana. A Max Milhas avalia que, desta forma, poderá acelerar a quitação de todos os valores devidos e restabelecer o mais rapidamente possível seu equilíbrio financeiro e operacional.
Segundo a companhia, o pedido de recuperação judicial se deve, principalmente, aos efeitos no mercado de agências de turismo on-line decorrentes da reestruturação da 123milhas. "Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo on-line tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, informou.
No comunicado, a Maxmilhas ressalta que não haverá suspensão de nenhum produto e que não está cancelando passagens ou reservas de hospedagens. A empresa informa ainda que não há nenhuma pendência trabalhista entre os débitos contemplados no pedido de Recuperação Judicial.
A Maxmilhas reforçou ainda que mantém suas atividades e que segue trabalhando com o compromisso de continuar promovendo novas viagens para os seus clientes. A empresa foi criada em 2013, em Belo Horizonte, e diz que já possibilitou mais de 12 milhões de viagens. A Maxmilhas informa que, caso haja cancelamentos unilaterais por parte de hotéis, operadores do setor hoteleiro e fornecedores de passagens aéreas, as empresas poderão ser notificadas extrajudicialmente por descumprimento de contratos vigentes.
Justiça suspendeu processo a pedido do BB
O processo de recuperação judicial da 123Milhas foi suspenso por determinação da Justiça de Minas Gerais. A decisão, assinada pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho, atende a recurso apresentado pelo Banco do Brasil, o maior credor da agência de viagens on-line. O banco alegou que a 123Milhas não apresentou todos os documentos exigidos no pedido de recuperação apresentado à Justiça, faltando informações sobre a realidade da empresa.