A governadora Raquel Lyra anunciou, nesta sexta-feira (1º), o nome do novo secretário de Defesa Social de Pernambuco. O delegado federal Alessandro Carvalho, que já comandou a pasta no final do governo de Eduardo Campos, na breve gestão de João Lyra Neto (pai da governadora) e nos dois primeiros anos de Paulo Câmara, voltará ao cargo na próxima segunda-feira (4) Alessandro substitui a delegada federal Carla Patrícia Cunha, que deixou o cargo na última quarta-feira (30), alegando "questões pessoais". A confirmação foi feita em primeira mão durante entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal.
Raquel Lyra afirmou que já trabalhou com Alessandro Carvalho e que recebeu a liberação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já que o futuro titular da SDS é ligado à Polícia Federal. "Já trabalhei com ele (Alessandro) aqui no governo do Estado de Pernambuco e tenho muita confiança no trabalho dele. Ele estava em Brasília, na Diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça. Está se encaminhando para cá, e na segunda-feira ele se apresenta para o trabalho", afirmou a governadora. Alessandro Carvalho já atuou em diversas funções na Polícia Federal em vários estados do Brasil. Foi chefe regional em Foz do Iguaçu, delegado regional executivo na Bahia e no Rio Grande do Norte, por exemplo.
Carvalho foi secretário executivo de Defesa Social de 2010 até dezembro de 2013, quando assumiu a titularidade da pasta em substituição a Wilson Damázio, que foi demitido por Eduardo Campos após declarações polêmicas em entrevista ao Jornal do Commercio. Enquanto esteve no comando da pasta, Alessandro enfrentou a última greve da Polícia Militar de Pernambuco, ocorrida em maio de 2014. Isso aconteceu pouco mais de um mês após Eduardo Campos deixar ao governo estadual para entrar na corrida presidencial e o vice dele, João Lyra Neto, assumir a vaga. O movimento grevista foi marcado por saques a estabelecimentos comerciais, depredações e suspensão de aulas e outros serviços. Em um único dia, a Polícia Civil deteve 234 pessoas suspeitas de furtos, roubos, dano qualificado, entre outros crimes. Tropas da Força Nacional e do Exército precisaram vir ao Estado para diminuir os atos de violência.