Em entrevista à CNN neste sábado (25), Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas da XP, avaliou que o sistema de vigilância sanitária brasileira “funciona muito bem” no que diz respeito ao controle de doenças em animais ruminantes, como o caso de vaca louca identificado no Pará na última semana. Segundo ele, a doença é provocada quando o gado é alimentado com proteína animal, presente, por exemplo, em farinhas de carne e de ossos. “Isso era mais comum no passado, mas foi proibido no Brasil há muito tempo. Por isso, nunca tivemos a doença de vaca louca clássica”, disse ele.
“O rigor brasileiro tem se mostrado muito efetivo no controle de doenças. Faz tempo que não temos febre aftosa, por exemplo, e gripe aviária e febre africana nunca entraram aqui. Às vezes falta um pouco de confiança no nosso sistema sanitário, mas ele funciona muito bem.” Alencar também avaliou que a suspensão de exportações de carne bovina para a China, em medida anunciada na última quinta-feira (23), pode não causar tantos prejuízos à indústria, a depender de quanto tempo durar. O embaixador do país asiático, Zhu Qingqiao, já sinalizou ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que, tão logo seja confirmada que a variedade da doença vaca louca detectada em uma fazenda no Pará é “atípica”, o retorno das exportações de carne brasileira ao país será rápido, segundo fontes do ministério.